Estudante cabo-verdiana suicida-se na Bolívia

O corpo da jovem, de 26 anos foi encontrada sem vida na sua residência, e de acordo com a autópsia, a causa da morte é o suicídio por ingestão de produto químico.

STJ reduz pena de 25 anos para homem que assassinou a namorada

O Supremo Tribunal de Justiça reduziu a pena de 25 anos de prisão aplicada ao cidadão Adilson da Luz pelo assassinato da namorada, Nádia Aleixo.

Gatunos encapuçados assaltam loja e atacam funcionária com coronhadas de pistola na cabeça

A Polícia Nacional deteve um dos gatunos, que é reincidente na matéria de roubo e por ora regressou a prisão.

Jovem de Cruz João Évora baleado com boca bedjo no braço direito e nas nádegas

Durante uma rixa entre dois grupos, um jovem foi baleado, cujo disparo foi efectuado com uma pistola “boca bedjo”.

Ex agente da Polícia Nacional condenado a 12 anos e oito meses de prisão por matar o marido da enteada

Acusado de um crime de homicídio agravado, o juiz analisou os factos que culminaram no homicídio e fez a atenuação da pena.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

PJ atinge recorde de maior apreensão de cocaína em Cabo Verde à bordo de cargueiro panamenho


Na tarde desta quinta-feira, 31 de Janeiro, em concertação com a INTERPOL, a Polícia Judiciária de Cabo Verde, através da Secção Central de Investigação de Tráfico de Estupefacientes (SCITE) procedeu a uma mega-operação no Porto da Praia que resultou na apreensão de cerca de dez toneladas de cocaína, conservado em mais de 200 fardos à bordo do navio ESER. O Radar News Online sabe que a tripulação, cuja nacionalidade ainda é uma incógnita está sob a custódia da PJ e o cargueiro de bandeira panamenha está retido no Porto da Praia. E pelas informações recebidas descarta-se a presença de tripulantes cabo-verdianos.


A Polícia Judiciária fez esta tarde a maior apreensão de droga no território cabo-verdiano, com os valores a aproximar das 10, que será confirmada pela PJ após a última pesagem. A operação que contou com o apoio das Forças Armadas ocorreu no Porto da Praia e teve como alvo o general cargo ESER, um navio com registo no Panamá, com IMO 8415158/MMSI 353595000, construído em 1985.


De acordo com informações recolhidas pelo Radar News Online, a embarcação estava sob investigação da INTERPOL por suspeita de envolvimento no narcotráfico. Desde da sua saída no dia 05 de Dezembro de 2018, pelas 22h44 min, do porto de Cidade de Ceuta, uma região autónoma de Espanha, que as autoridades internacionais de combate ao tráfico de estupefacientes passaram a monotorização o ESER e a sua tripulação.

Assim depois de cerca de dois meses em alto-mar e tendo o navio passado pela região das Caraíbas entre Aruba e Curaçao no dia 11 de Janeiro , o navio deu entrada ontem, 30 de Janeiro, às 15h18min no Porto da Praia, situação que possibilitou uma congregação de esforços entre a INTERPOL e a Polícia Judiciária de Cabo Verde para se certificar se de facto o ESER escondia um carregamento de droga.

As suspeitas se confirmaram nesta quinta-feira quando agentes da PJ destacados para fazerem as buscas pelos compartimentos do navio. Os mais de 200 fardos contendo cocaína com elevado grau de pureza foram detectados em um contentor que seguia a bordo da embarcação e que estava acondicionado no porão.

O Radar News Online tentou saber o número de tripulantes, bem como a sua nacionalidade, mas não foi possível. O que conseguimos saber é que toda a tripulação ficou sob custódia da Polícia Judiciária para interrogatório a fim de se saber o seu envolvimento no acondicionamento, no transporte, qual o seu destino e quem serão os verdadeiros donos dessa droga.  

A Polícia Judiciária tem agora em mãos a operação “ESER” para esclarecer todos os factos e descobrir os meandros deste caso de tráfico internacional de estupefacientes. Nas próximas horas, a PJ irá apresentar ao Ministério Público os resultados desta investigação e os factos averiguados nesta apreensão para que as medidas legais que se impõe possam ser tomadas. E pelo que o Radar News Online apurou as Forças Armadas e a 
Polícia Nacional estão a garantir apoio à PJ para salvaguardar a retenção da droga apreendida, bem como o navio que se encontrado retido no país.

Quanto a tripulação do ESER é certo que findo todo o processo de averiguações serão apresentados perante o juiz competente, para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coacção que se entender serem adequadas ao processo. E tudo indica pela gravidade dos factos, o Tribunal poderá aplicar a prisão preventiva com base nas normas do artigo 290 º do Código Processo Penal, isto caso, o juiz entender que há “fortes indícios de prática criminosa” e de haver envolvimento da tripulação no caso “ESER”.


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Advogado Amadeu Oliveira vai a julgamento sob acusação de 14 crimes


Nas próximas semanas, o advogado, Amadeu Oliveira vai sentar-se no banco dos réus do Juízo Crime do Tribunal da Comarca da Praia em virtude das denúncias de haver “máfia instalada no sistema judicial cabo-verdiano”. O Radar News Online sabe que o causídico foi indiciado pelo Ministério Público da prática de 14 crimes, de entre eles, injúria, calúnia e difamação. O advogado foi notificado de que o seu julgamento está previsto para o dia 29 de Janeiro.

Imagem da TCV

O caso que opõe o jurista Amadeu Oliveira e um colectivo de juízes do Supremo Tribunal de Justiça e de duas Comarcas Judiciais vai a julgamento. Neste processo-crime, o advogado foi constituído arguido e enfrenta uma lista de catorze acusações na sequência de uma conferência de imprensa proferida pelo mesmo na Cidade do Mindelo, no dia 19 de Outubro de 2017.

Nessa conferência de imprensa, o advogado revelou que existe um polvo mafioso instalado dentro do sistema judicial nacional que impede o desenvolvimento da justiça no país. Amadeu Oliveira assegurou que esta situação começa nas Comarcas e chega ao Supremo Tribunal da Justiça.

Acusações

O advogado Amadeu Oliveira denunciou haver uma “máfia instalada no sistema judicial”, acusando juízes do STJ de “introduzir falsidades em processos para pôr inocentes na cadeia e favorecer criminosos”. Estas acusações recaíram sobre os juízes do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) Benfeito Ramos, Sara Boal e Fátima Coronel, a quem acusa de “subscreverem acórdãos com inserção de falsidades para prejudicar e pôr inocentes na cadeia”.

Para além dos três juízes da secção criminal do Supremo Tribunal de Justiça, Amadeu Oliveira acusou os juízes Ary Santos, enquanto magistrado em exercício na Comarca do Sal e Afonso Delgado, da Comarca da Ribeira Grande, em Santo Antão, assim como a bastonária da Ordem dos Advogados, Sofia Oliveira de cometerem ilegalidades.

Julgamento

Preparado desde da primeira hora de que poderia vir a ter várias queixas-crime contra a sua pessoa por parte dos juízes após apresentar estas denúncias com acusações da prática dos crimes de denegação de justiça, inserção de falsidades e prevaricação de magistrados, o advogado Amadeu Oliveira acaba de ser notificado que irá sentar no banco dos réus do Tribunal da Comarca da Praia para ser julgado e apresentar a sua defesa por imputação da prática de crimes tais como, injúria, calúnia e difamação, instigação pública à prática de crime, de entre outras acusações.

O Radar News Online apurou que o jurista recebeu a notificação nesta terça-feira, 15 de Janeiro que o seu julgamento foi marcado para o dia 29 de Janeiro. Mas, o Radar News sabe que o Juízo Crime pode vir a ter que alterar a data do julgamento por motivos de ordem processual, caso for entendido que o arguido deve dispor de mais dias para analisar os meandros da acusação.

Mecanismos

O jurista enfrenta um manancial de acusações, que caso não forem provadas pelas instâncias judiciais poderá levar a sua absolvição. Porém, se o juiz entender que houve a prática dos supracitados crimes no rol de acusações, o advogado Amadeu Oliveira enfrenta molduras penais que podem valer a prisão efectiva, impedimento de exercício profissional de advocacia e pagamento de indemnizações superiores a três mil contos.

Fonte próxima a nosso blog, sublinhou que os ofendidos facultaram ao Ministério Público os materiais que entenderam ser meio de provas para sustentarem as suas acusações contra o causídico, e o MP com base no que apurou em instância de instrução solicitou o julgamento, uma decisão judicial aceite pelo Tribunal da Comarca da Praia, que tem agora em mãos um caso que promete fazer correr muita tinta com a esgrima de factos entre ofendidos e o acusado.

Defesa

Por seu lado, a nossa fonte refere que Amadeu Oliveira começou a analisar a acusação para contrapor os argumentos e fazer a sua defesa. De referir que aquando da conferência proferida em Mindelo, o jurista sublinhou que “confirmo ter afirmado tudo o que disse, pelo que espero que os visados tenham a coragem de apresentar queixas-crime contra a minha pessoa, e ser sujeito a um julgamento público para que as pessoas possam tirar as suas próprias ilações sobre as perversões do sistema judicial actualmente em vigor em Cabo Verde”.

O Radar News Online continuará atento a este julgamento, mais um a envolver o advogado Amadeu Oliveira, que em tempos revelou que quanto a este processo antevia “grandes dificuldades” na medida que espera “uma série de emperramentos, porém salientou estar ciente de como funciona o sistema e que deverá ser defensor em causa própria, e podendo contar com a colaboração de algum colega à luz do que sucedeu em outros processos.