Foto by SEA SHEPERD |
No
dia 22 de Maio, o jornal Ocean Press avançou em primeira mão que os navios haviam
sido detectados na Baía do Mindelo, na Ilha de São Vicente. As embarcações Yongding
“Luampa” e Songhao foram detectadas pelas ONG SEA SHEPERD que se encontrava na
Ilha de São Vicente a realizar trabalhos de conservação de espécies marinhas. A
SEA SHEPERD contactou a Interpol e a Polícia Judiciária, a partir dessa
informações, a PJ, PN e Guarda Costeira cumprindo os requisitos legais de
averiguações realizaram uma operação relâmpago as embarcações, e durante as
investigações foram recolhidos indícios que apontam para a prática da pesca
ilegal.
No
âmbito dessa operação as autoridades cabo-verdianas vão realizar os
procedimentos legais que podem culminar na detenção da tripulação e apreensão dos
navios sob suspeita de pesca ilegal, se conseguirem provas de que estes dois barcos
não possuem licença para pesca e que figuram na lista das embarcações
procuradas pela Interpol por actividade de pesca ilegal em vários países.
Interpol
De
realçar que o Radar News Online teve acesso a uma nota emitida pela Interpol no
dia 21 Janeiro 2015, com requisição da Nova Zelândia de que no dia 13 Janeiro 2015,
o navio Yongding estaria a fazer pesca ilegal. As autoridades desse país
denunciaram a Interpol que tinham suspeitas de que haviam detectado essa embarcação
que estaria a violar as leis nacionais, as convenções internacionais e que
ainda cometia crimes de fraudes pelo uso não autorizado da bandeira de vários
países e praticavam a pesca ilegal numa zona protegida pelas convenções.
Nessa
precisa data, o Yongding foi detectado com a bandeira da Guiné Equatorial e a
Nova Zelândia ao entrarem em contacto com as autoridades da Guiné Equatorial
descobriram que o navio não tinha autorização deste país para pescar na zona
onde foi localizada a exercer tal actividade, e assim autorizaram as
autoridades da Nova Zelândia a abordar a embarcação.
Investigações
De
acordo com a nota “o Mestre recusou em cooperar, mas entregou os documentos
pertinentes a um Oficial da Marinha que se encontrava num zodiac aportado ao
lado do navio. Estes documentos constituído um Certificado de Registo, uma
Licença de Pesca Internacional e um certificado de segurança do navio Manning.
No entanto, existem dúvidas quanto à sua autenticidade. Acredita-se que Yongding esteja a pescar com
dois navios ilegais, o Songhua (3CAF) e o Kunlun (3CAG) que foram
detectados nas imediações pela mesma patrulha. O Yongding estava viajando em
conjunto com o Songhua e Kunlun em Dezembro de 2014, quando eles foram
avistados por um avião de vigilância aérea do governo australiano”.
Com
estas informações, as autoridades neozelandesas alertaram a Interpol para evidenciar
esforços para realização de uma operação de fiscalização e detectar se esses
navios estariam a praticar a pesca ilegal, inclusive o Yongding que até ser
detectado em Cabo Verde já navegou com 12 nomes distintos e através de fraudes usavam a
bandeira de vários países, e em outras ocasiões sem identificação.
Por
ora, os navios Songhua e o Yongding,
agora designado por “Luampa” em
território cabo-verdiano estão sob a custódia das autoridades marítimas e
criminais de Cabo Verde que terá de realizar diligências para confirmar que se tratam
de pesqueiros ilegais, denominados por “piratas dos mares”, e de seguida
formalizar os procedimentos que a lei determina em situações dessa natureza.
Navio Yongding quando foi detectado pela Nova Zelândia- agora em Cabo Verde se chama Luampa |
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