O
Tribunal de São Vicente condenou Reinaldo “Rei” Fortes pelo assassinato do cidadão,
Pedro Faial. O magistrado aplicou-lhe uma pena de 19 anos e seis meses e
obrigação de pagar uma indemnização no valor de 1500 contos a família da
vítima. O juiz afirmou ter tido provas de que se tratou de um homicídio “brutal,
monstruoso, cruel”, onde “Rei” demonstrou o “puro prazer de matar”, pois matou a
vítima a pontapés, com umas botas de tacão grosso, esmagando-lhe por completo o
rosto.
Reinaldo Fortes,
conhecido por “Rei” era funcionário do Mercado de Peixe e no dia 7 Fevereiro
2014 atacou Pedro Faial, ex funcionário do Hospital Baptista de Sousa, na zona
de Monte, numa rua nas traseiras da Av. Manuel de Matos. Reinaldo foi acusado
de duplo homicídio agravado, na medida atacou a vítima, pessoa que não conhecia,
e utilizou umas botas de tacão grosso e aplicou vários golpes na cabeça e no
rosto do ofendido.
Pedro Faial, de 62
anos sofreu vários traumatismos e acabou por falecer no local durante as agressões,
uma vez que o agressor além de desferir pontapés, por diversas vezes pulou no
rosto da vítima, que ficou desfigurando e esmagou-lhe o maxilar, os olhos, bem
como a cabeça.
Recorde-se que
devidas as graves lesões que o homem sofreu no rosto, a sua identificação só
veio acontecer horas depois do crime, através de uma tatuagem com seu apelido que
tinha num dos braços.
Julgamento
Em Tribunal, de
acordo com o depoimento de pessoas que testemunharam a ocorrência a partir das
suas residências, a vítima não tinha condições para agredir Reinaldo, à pedrada
como este alegou para justificar a sua atitude.
Pelo depoimento das
testemunhas “a vítima estava sob efeito de bebidas alcoólicas e vinha a
gatinhar pela rua, quando surgiu o arguido, que dava sinais de excitação. Ele
agarrou e atirou-lhe ao chão onde deu início a uma série de agressões sem dó
nem piedade e de forma brutal acabou por matar o homem, sendo que quando a
Polícia Nacional chegou ao local, ainda encontrou o agressor a desferir pontapés
na vítima”.
"Violência gratuita"
O juiz, Manuel
Andrade ao analisar o caso não teve dúvidas que o arguido, Reinaldo Fortes
cometeu um crime agravado e que uma pena de 19 anos e seis meses de prisão seria
uma medida penal justa para o seu comportamento.
O magistrado
relembrou que o arguido cometeu “um crime com contornos de tortura, avareza,
crueldade, brutalidade, monstruosidade numa clara atitude que demonstrou o
desprezo pela vida humana. A forma como a vítima foi morta revelou um quadro
indescritível de violência, pois sofreu bastante antes de morrer”.
O juiz nas suas conclusões
disse ao arguido para repensar a sua atitude que culminou na morte de um cidadão,
que era chefe de família e que pela sua estrutura física e estado de embriaguez
não tinha condições para se defender das agressões.
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