O Primeiro-Ministro, José Maria Neves, voltou a defender esta quinta-feira, durante uma visita ao liceu Pedro Gomes, que “só o aumento das penas” para os crimes de sangue não é suficiente para um combate efectivo à violência no país, embora defenda a necessidade deste agravamento das penas como uma parte importante de uma equação de factores e soluções.
Para José Maria Neves o combate à criminalidade é um desafio que nos interpela a todos, não apenas o Governo e que o reforço de meios humanos e materiais para as forças de segurança não serão as únicas soluções, assim como não será exclusivamente o aumento das penas.
Nisso, Neves fez questão de esclarecer e repetir o que já havia dito há alguns meses atrás, de que “só o aumento das penas não é solução. Temos de consensualizar o aumento de penas, e eu acho que é crucial para o país neste momento aumentarmos as penas para determinados crimes de sangue”, daí que se está a trabalhar a revisão do código penal e do código de processo penal.
“Mas, também, temos de tomar outras medidas, mais meios humanos, mais equipamentos, mais recursos financeiros para as forças de segurança, etc. Melhor gestão do sistema prisional, melhor gestão das nossas fronteiras, ter um grupo de operações especiais com grande capacidade de intervenção e criar as condições para, também nas nossas escolas, na comunicação social, nas famílias, nas igrejas etc." E acrescenta Neves, "fazermos o trabalho que devemos fazer para prevenir a violência e transformar as pessoas em cidadãos conscientes dos seus direitos e dos seus deveres, de todas as suas obrigações, portanto, de todas as suas responsabilidades”, reflecte o Chefe do governo.
Aliás, o papel das escolas na prevenção da violência, através da formação de cidadãos responsáveis e tolerantes foi um dos aspectos principais da conversa que manteve com os alunos do liceu Pedro Gomes, durante a visita efectuada esta manhã àquele estabelecimento de ensino secundário.
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