quarta-feira, 11 de março de 2015

Morte de Maria Chandim: Filhos revoltados com certidão de óbito que absolve Zezinho Catana

Zezinho Catana disse em Tribunal que não matou Maria Chandim. Os filhos de Chandim asseguram que Zezinho é o principal suspeito, perante uma certidão de óbito a revelar o enfarte agudo miocárdio e etilismo crónico como causas da morte. Finda a audiência de julgamento, em tom de revolta os familiares de Maria Chandim sublinharam que as autoridades criminais e médicas não contribuíram para a descoberta da verdade sobre a morte da falecida. E, assim, dizem que Zezinho Catana vai ser absolvido por falta de provas.



É que, o Ministério Público não conseguiu esclarecer como ocorreu a morte de Maria Chandim, e ainda de que forma o suspeito, Zezinho Catana matou essa mulher. Os inspectores da PJ que foram a casa de Maria quando o seu corpo foi encontrado sem vida revelaram ter dificuldades em recordar os factos ocorridos durante as averiguações, sendo certo que o corpo estava em estado de decomposição. 

Por sua vez, a delegada-substituta na altura, Fátima Silva alegou que na impossibilidade de deslocar ao locar para analisar o cadáver disse aos agentes da PJ para que fizessem o seu trabalho, e que enviassem o corpo a Casa Mortuária, a fim de ser analisada pela médica.

Fátima Silva disse que o corpo estava em estado de decomposição e que não foi realizada uma autópsia, apenas um exame de hábito externo, com observações e na sua dedução tratou-se de uma morte natural. Revelou que foram feitos os necessários procedimentos porque o mau cheiro e as condições do cadáver não permitiam “mais” e que a provável a causa da morte com bases nas suas análises foi um enfarte, isto é, uma causa natural, porque não encontrou vestígios de agressão, nem ferimentos.

Perante o relatório médico, a defesa de Zezinho Catana defendeu que este não pode ser condenado por uma homicídio que não cometeu, visto que a certidão de óbito declara a morte natural como causa da morte, e que o arguido revelou não ter motivos para assassinar a mulher que lhe deu guarida na sua residência.

O certo é que os filhos à saída do julgamento criticaram a postura da PJ e da delegada-substituta, aquando da morte de Maria Chandim. De acordo com estes, as autoridades criminais e médicas deram um tratamento discriminatório a cidadã, dado terem dito a PJ que Maria foi morta. Porém, que a Polícia Judiciária não levou isso em conta durante as averiguações, e que a delegada-substituta não foi ao local onde estava o corpo de Maria Chandim, limitando a observar o cadáver na Casa Mortuária.

Os filhos de Maria Chandim revoltados com as “fortes hipóteses” de absolvição defenderam que “Zezinho Catana foi ajudado com as mentiras. Ele negou o que confessou a PJ e em Tribunal a defesa pega do certidão de óbito para pedir a sua absolvição. Logo, o que fica claro é que as autoridades médicas contribuíram para que a sua versão fosse entendida como verdade dos factos. Esta situação poderia ser evitada se na altura tivessem autopsiado o corpo da nossa mãe”.
 

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