Zezinho Catana
disse em Tribunal que não matou Maria Chandim. Os filhos de Chandim asseguram
que Zezinho é o principal suspeito, perante uma certidão de óbito a revelar o enfarte
agudo miocárdio e etilismo crónico como causas da morte. Finda a audiência de
julgamento, em tom de revolta os familiares de Maria Chandim sublinharam que as
autoridades criminais e médicas não contribuíram para a descoberta da verdade
sobre a morte da falecida. E, assim, dizem que Zezinho Catana vai ser absolvido
por falta de provas.
É
que, o Ministério Público não conseguiu esclarecer como ocorreu a morte de
Maria Chandim, e ainda de que forma o suspeito, Zezinho Catana matou essa mulher. Os
inspectores da PJ que foram a casa de Maria quando o seu corpo foi encontrado
sem vida revelaram ter dificuldades em recordar os factos ocorridos durante as
averiguações, sendo certo que o corpo estava em estado de decomposição.
Por sua
vez, a delegada-substituta na altura, Fátima Silva alegou que na
impossibilidade de deslocar ao locar para analisar o cadáver disse aos agentes
da PJ para que fizessem o seu trabalho, e que enviassem o corpo a Casa
Mortuária, a fim de ser analisada pela médica.
Fátima
Silva disse que o corpo estava em estado de decomposição e que não foi
realizada uma autópsia, apenas um exame de hábito externo, com observações e na
sua dedução tratou-se de uma morte natural. Revelou que foram feitos os
necessários procedimentos porque o mau cheiro e as condições do cadáver não permitiam
“mais” e que a provável a causa da morte com bases nas suas análises foi um
enfarte, isto é, uma causa natural, porque não encontrou vestígios de agressão,
nem ferimentos.
Perante
o relatório médico, a defesa de Zezinho Catana defendeu que este não pode ser
condenado por uma homicídio que não cometeu, visto que a certidão de óbito declara
a morte natural como causa da morte, e que o arguido revelou não ter motivos
para assassinar a mulher que lhe deu guarida na sua residência.
O
certo é que os filhos à saída do julgamento criticaram a postura da PJ e da delegada-substituta,
aquando da morte de Maria Chandim. De acordo com estes, as autoridades
criminais e médicas deram um tratamento discriminatório a cidadã, dado terem
dito a PJ que Maria foi morta. Porém, que a Polícia Judiciária não levou isso
em conta durante as averiguações, e que a delegada-substituta não foi ao local
onde estava o corpo de Maria Chandim, limitando a observar o cadáver na Casa
Mortuária.
Os
filhos de Maria Chandim revoltados com as “fortes hipóteses” de absolvição defenderam
que “Zezinho Catana foi ajudado com as mentiras. Ele negou o que confessou a PJ
e em Tribunal a defesa pega do certidão de óbito para pedir a sua absolvição.
Logo, o que fica claro é que as autoridades médicas contribuíram para que a sua
versão fosse entendida como verdade dos factos. Esta situação poderia ser
evitada se na altura tivessem autopsiado o corpo da nossa mãe”.
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