As localidades de
Portela e Bangaeira, no interior de Chã das Caldeiras estão isoladas desde a
noite de domingo com a destruição da estrada alternativa via Cova Tina e Boca
Fonte. Esta situação é caótica, uma vez que na sequência da erupção, com o cair da noite notou-se um aumento da intensidade e pela forma como as
lavas correm transmite-se uma ideia de que esta erupção pode ser mais grave que
a actividade vulcânica de 1995.
No final da tarde de
domingo, as actividades sísmicas aumentaram de intensidade e era perceptível
duas “línguas” de lavas, sendo uma em direcção à Cova Tina, que acabou por
cortar a estrada alternativa, e outra em direcção às outras localidades de Chã
das Caldeiras. E, o certo é que o forte nevoeiro misturado com as cinzas
vulcânicas não permitiam as pessoas terem uma dimensão da corrente de leva que
se deslocava para o interior da caldeira.
Com o bloqueio da
estrada alternativa, as viaturas já não podem circular para o interior de Chã
das Caldeiras para apoiar as pessoas que ainda estão nas suas residências,
cerca de 300 pessoas, segundo cálculo das autoridades. A essas
pessoas restam a saída a pé via Monte Velha para Pai António, nos Mosteiros
(mais perto) ou Campanas de Cima, São Filipe (mais distante) para deixarem as
localidades.
A localidade de Chã
das Caldeiras está neste momento isolada, já que não se pode entrar com as
viaturas e o sistema de comunicação móvel e fixo também está cortada desde a
tarde de domingo, com a destruição da rede aérea de fibra óptica. De realçar
que uma frente de lavas ameaça chegar as propriedades agrícolas e outra frente
caminha em direcção ao Parque Natural do Fogo.
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