Na Ilha do Sal várias pessoas saíram às ruas para homenagear as vítimas do naufrágio do navio Vicente na ilha do Fogo. Quem participou levou cartazes com palavras de ordem e de homenagem, bem como trajaram camisolas brancas e verdes lembraram Sandra Varela, natural do Sal, uma das que ainda está desaparecida do mar, e ainda prestaram o seu tributo as restantes vítimas desta tragédia.
“ Simpática, amiga e mulher de garra”, foi assim que a população do Sal recordou Sandra Varela, esta tarde, durante a marcha em homenagem às vítimas do naufrágio do navio Vicente na ilha do Fogo.
Pelas ruas da Cidade dos Espargos, amigos, e familiares de Sandra Varela, saíram numa marcha, utilizando cartazes, e camisolas, uma de cor verde com significado de esperança em se ter notícias dos desaparecidos e outra de cor branca que significa paz à alma dos que faleceram.
Nas camisolas uma foto da Sandra e nome de todas as outras vítimas. A cerimónia teve início às 16 horas da tarde da terça-feira, feriado nacional (Dia dos Heróis Nacionais), e prolongou-se até por volta das 18h00. No decorrer do percurso foi feita uma paragem em frente à residência dos pais de Sandra Varela em Chã de Matias, casa onde vivia.
A cerimónia encerrou-se no largo da Praça 19 de Setembro nos Espargos, e no final do acto, foi feito um minuto de silêncio em memória dos desaparecidos.
Zeza, amiga de Sandra Varela, disse ao Ocean Press, que está sendo muito difícil tanto para os amigos como para os familiares, aceitar a morta da mesma, e ainda reina esperanças de os encontrar com vida.
Neuza, outra amiga, afiançou que a marcha é para homenagear Sandra Varela e as outras vítimas do Vicente, tanto as que foram encontradas com vida e os sem vida, avançando que esta marcha ainda serve para chamar a atenção de todos os governantes.
“Estamos num caminho onde têm estado a acontecer coisas drásticas, e isto mostra a realidade do país, em termos de insegurança, corrupção, cunha, incompetência e, sobretudo que não há fiscalização em nada”, frisou.
Radar News C/ Oceanpress
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