segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Naufrágio navio Vicente: as esperanças morrem para as autoridades e põem fim as buscas por sobreviventes ou corpos

Volvidos onze dias após o naufrágio do navio Vicente, no mar da Ilha do fogo, que resultou numa tragédia, as autoridades decidiram encerrar o processo de buscas das pessoas que desapareceram no acidente. O Gabinete que coordenava as buscas revelou que se tomou essa decisão na medida que não foram encontrados sobreviventes ou corpos durante as diligências após o afundamento do navio, onde se registou o resgate de 11 pessoas com vidas, três mortes, sendo dois por encontrar, e 12 desaparecidos. Mas, explica o Gabinete que se algum corpo der a costa serão tomadas as necessárias medidas e accionadas as autoridades competentes.


O naufrágio ocorreu na noite do dia 8 Janeiro, nas imediações do Porto de Vale dos Cavaleiros, Ilha do Fogo. O navio Vicente, saiu do porto da Praia com 26 pessoas a bordo, e pelos indícios recolhidos tinha excesso de carga, bem como manobras erradas ao largo do porto da Ilha do Fogo determinaram o seu afundamento em cerca de cinco minutos. 

Na sequência do naufrágio, foram encontradas com vida onze: Aricson Fonseca, agente do navio Tuninha, João Domingos, 2º Oficial, Daniel Gomes, 1º marinheiro, Valdir Santos, marinheiro, Manuel Fortes, 3º piloto, Dalilo Fernandes,estagiário de máquinas, Hermínio Furtado, marinheiro estagiário, Dirce Carmos e Maria da Luz, empregadas de camera. Foram encontrados ainda, os passageiros José Eduardo Amado e Antónia Dias.

As autoridades confirmaram três mortes: corpo do tripulante, Carlos Pina, ajudante de cozinha foi resgatado, e avistaram como morto, uma criança de 6 anos, Wesley Amado, filho de José Amado e do Chefe de máquinas, Lazaro Chapey. 
Quanto as pessoas desaparecidas com o naufrágio, há os passageiros, Sandra Varela e António Morais. Da tripulação, há o Comandante, Cláudio Gonzalez, o Imediato, José Angel, Gualdino Monteiro, Pedro Cidário, o Contra-mestre, João Santos, João Camilo, cozinheiro, Danilson Inocêncio, marinheiro, Eunice Monteiro, empregada de camera, e os condutores de atrelado, Adilson Lopes e Osvaldino Delgado.

Diligências

António Duarte Monteiro, Capitão dos Portos de Barlavento e Coordenador do Gabinete de Crise, criado pelo Governo, após o acidente revelou à RCV que findaram as buscas, na medida que até esta hora não foram encontrados sobreviventes e corpos. O Capitão disse que uma embarcação semi-rígida ficou na Ilha Brava, e ficaram alguns efectivos para darem atenção as orlas marítimas de Fogo e Brava para que caso surge algo ligado ao naufrágio estejam aptos para actuar e fazer o que seja necessário.

António Duarte Monteiro assegurou que vai haver uma redução do pessoal que estava envolvido nas diligências e que deu-se instruções aos pescadores das Ilhas de Fogo e Brava para estarem atentos e outras pessoas, dado que vários são aqueles que souberam dessa tragédia nessa zona do arquipélago e que se algum corpo der a costa serão tomadas as necessárias medidas e accionadas as autoridades competentes.

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