A Associação Seropositivos de São Vicente, ABRAÇO, celebrou o 5º
aniversário sob lema “retrospectiva e debate sobre novos desafios e novos
caminhos 2015-2020”.
Comemoração do 5º aniversário da Associação ABRAÇO |
A comunidade ABRAÇO reuniu-se no acto central
das comemorações que teve a presença do presidente da CMSV, Augusto Neves,
delegação da Morabi e a Plataforma das ONG´s, entidades ligadas a instituições de
cariz social e membros da associação. De realçar que 10 membros receberam certificados no âmbito de uma formação na área de plano de negócios.
Desses cinco anos, o presidente da associação
ABRAÇO, Ailton Lima faz um balanço positivo marcado pela evolução em vários
aspectos. Porém, Ailton Lima relembrou que não foi fácil fazer a legalização
dessa organização não-governamental, que há cinco anos trabalha em
prol das pessoas portadores do VIH/ SIDA na ilha de São Vicente.
Devido a burocracia existente nas instituições
que tutelam a legalização de projectos e associações em Cabo Verde, o presidente
do ABRAÇO explicou que tiveram de esperar cerca de três anos para ver a sua legalização
publicada no Boletim Oficial.
Conquistas
Relativamente aos ganhos, Ailton Lima regozija-se
com a cedência de um espaço no Centro Social de Ribeira Bote por parte da edilidade
para prosseguirem com o trabalho junto da classe. A associação ABRAÇO, que
desde da primeira hora teve a Morabi e a Câmara Municipal de São Vicente como
parceiros conseguiu ainda apetrechar a sua sede com equipamentos destinados a
execução das tarefas. E, ainda a parceria desenvolvida nos últimos tempos com a Plataforma das ONG,s.
Ailton Lima explicou que a associação que
dirige elaborou um projecto para procurar financiamento junto do Comité
Nacional de Luta Contra SIDA. O dirigente diz que ter essa parceria com esse
organismo nacional é um ganho para a associação.
Financiamento
“Financiaram o nosso primeiro projecto
intitulado Viver Positivo, que incluía o apetrechamento da nossa sede. E, que incluía
ainda a formação de pessoas portadoras de HIV em matéria de par educador. Isto
é, pessoas que vivem com HIV passariam a aconselhar pessoas que padecem desse
mesmo problema, nomeadamente para fazer o tratamento ou evitar ter vícios, como
o caso de consumo de bebidas alcoólicas” elucidou o entrevistado.
O presidente afirma que a associação ABRAÇO
teve ganhos com a elaboração de actividades alusivas ao dia Mundial da luta
contra o Sida. Neste momento, de forma directa em parceria com o Comité de Coordenação de Combate à Sida (CCCS/Sida), a associação desenvolve um projecto baseado em actividades de combate a essa doença.
Retrospectiva vs Desafios
Numa retrospectiva aos cinco anos
que já se passaram, Ailton Lima faz um balanço positivo e reforça “ganhamos
confiança dos nossos parceiros. Uma credibilidade nesse sector, apesar de sabermos
que sempre há quem fique com o pé atrás, quando trabalha com associações. Por
vezes quem apoia, diz será que vão dar o melhor caminho a esse dinheiro”.
O activista acrescenta que aos
poucos vai-se ganhando mais credibilidade junto de outras instituições. "E, se o
CCCS/Sida tornou num parceiro do ABRAÇO é porquê acreditam que se trata de uma
associação credível, então outras instituições podem ter a certeza que o ABRAÇO
é credível".
O presidente da associação ABRAÇO
aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem aos membros já falecidos.
Quanto aos desafios para os próximos cinco anos, o ABRAÇO, Lima assinala:
trabalhar com melhor articulação junto das instituição, possam ganhar novos
parceiros, apoio de assistentes sociais e psicólogos e ter uma maior colaboração
por parte dos associados.
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