terça-feira, 23 de setembro de 2014

Cidadãos revoltados com perigo à solta na zona de Barbasco

Os condutores e cidadãos que utilizam a estrada que liga as cidades de Ribeira Grande e Paul, na ilha de Santo Antão estão descontentes com o perigo à volta de um buraco que há vários anos se rompe na zona de Barbasco. A situação se arrasta uma vez que nunca foram realizadas obras de fundo para corrigir as acções do mar nessa área, como explicam cidadãos contactados pelo Radar News Online.
Buraco na zona de Barbasco_estrada Ribeira Grande-Paul
Este online apurou que em Outubro 2013, o impacto do mar nas paredes exteriores dessa via provocou o surgimento de uma cratera que ocupa parte da estrada em Barbasco, zona situada entre as localidades de Sinagoga e Mão Pra Trás.

Os utilizadores dessa via, tida como a mais movimentada por pessoas e viaturas na ilha de Santo Antão, mostram-se descontentes, vendo a própria integridade física posta em causa. Pois, o buraco está situado a poucos metros de uma curva com um declive elevado e o perigo espreita a qualquer momento, como explica o cidadão João Reis.

Perigo
O entrevistado relembra que "em outros tempos, já houve pessoas que caíram nesse buraco. Mas nada mudou para evitar que o perigo prossiga nessa área. Todas as vezes que aparece um buraco nessa área levam muito tempo para requalifica-lo. Sempre solicitamos as autoridades para resolver essa situação. Não fazem nada de jeito,  a não ser, encherem os buracos com entulhos e tapa-los com  betão armado. Um trabalho que acaba por ser em vão, visto que o mar revolto faz das suas e reaparece um novo orifício”.

Indignação
Por seu lado, António Santos diz-se indignado com a postura das autoridades. Santos diz que volvidos onze meses é que a zona ganhou um sinal de aviso, porque antes estavam apenas algumas pedras ao redor do buraco, que pouco serviam para a alertar a presença dessa armadilha para quem utiliza essa estrada.

"Exigimos a quem de direito que tome medidas urgentes para pôr cobro a esta situação. Nós condutores pagamos impostos  de circulação e nove escudos por litro de combustível para a manutenção das estradas do nosso país. As autoridades devem agir não quando houver uma tragédia. Mas sim trabalhar na prevenção. E para resolver esta situação de forma definitiva deveriam elaborar um projecto reestruturante".

Alternativa
António Santos explica que uma das soluções pode passar pela demolição de uma parte da área afectada pelo impacto das ondas do mar. "Finda a demolição iniciavam a obra de raiz protegendo essa região com pedregulhos e assim evitar a acção os danos provocados pelo mar. Realizando as  melhorias profundas e eficazes voltariam a reconstruir o muro até o cimo da estrada. E fortificar a zona do buraco com material resistente para que a segurança seja reposta".

Já Feliciano Domingos assegura que há uma semana viu trabalhadores da empresa responsável pela manutenção no local e ficou aliviado pensando que finalmente iam refazer o piso da estrada. Mas tal não aconteceu, apenas fizeram um desvio. Mas, o Radar News Online sabe que o desvio feito junto a rocha  alivia em parte o perigo: "é que com a queda das chuvas, cria-se uma lamaceira na zona alternativa e há fortes probabilidades da queda de pedras nessa área".

Esclarecimento
O Radar News Online entrou em contacto com o responsável da empresa Spencer Construções & Imobiliária, entidade que faz a manutenção das estradas nacionais em Santo Antão. Neste momento ainda estamos a aguardar uma resposta do responsável pelas obras para saber quando é que vai haver uma requalificação do buraco em Barbasco.



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