quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Governo procura resolver calote e privatizar a fábrica de queijo

Em 2013, a ministra do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet assegurou que o Governo estava a preparar um plano com vista a solucionar o problema da fábrica de queijo na cidade do Porto Novo, ilha de Santo Antão. A solução ficou pelas promessas, porque os trabalhadores contam com 14 meses sem receber as remunerações. O futuro da fábrica pode passar pela privatização, depois de cinco anos mergulhada em dívidas e com as portas encerradas desde Agosto 2013.
Fábrica de queijo do Porto Novo

Cansados de viverem em situação de penúria, os operários levaram o Governo caloteiro ao Tribunal. E, agora a ministra, Eva Ortet deixou de ser observadora e deixa nova promessa: insistir com a tutela da fábrica, o Ministério das Finanças para que resolva a situação.

De visita a ilha de Santo Antão, a ministra do Desenvolvimento Rural teve conhecimento da decisão dos trabalhadores querem que o Tribunal tome uma decisão que permite-lhes receber os salários em atrasos e as devidas indemnizações, segundo as normas vigentes no Código Laboral vigente em Cabo Verde".
Eva Ortet, ministra do Desenvolvimento Rural
Ciente das dificuldades vividas pelos trabalhadores que por não receberem os salários acumulam dívidas e não têm dinheiro para sustentar a família, a ministra Eva Ortet durante um encontro com a autarca do Porto Novo, Rosa Rocha assegurou que o Ministério que tutela está preocupado com a actual situação da fábrica de queijo do Porto Novo.

A ministra sublinhou que “esta é uma questão que está sob a alçada do Ministério das Finanças, entidade que tutela a gestão da fábrica. Esta situação requer uma resposta. Vamos insistir junto do Ministério das Finanças para desbloquear, o mais rapidamente, esse problema, para que Porto Novo retome a sua produção de queijo, produto que já tem a sua marca”.

Mas, por outro lado Eva Ortet deu a entender que o futuro da fábrica passará pela sua privatização e que nos próximos dias, os operários devem começar a receber as remunerações em dívida. Por sua vez, a edil do Porto Novo, Rosa Rocha que há vários meses acompanha de perto o momento de desespero e penúria vivido pelos trabalhadores pediu ao Governo para agilizar o processo de reactivação de unidade fabril.


A autarca defende que “ao dar uma nova perspectiva a fábrica, o Governo vai criar novos postos de trabalho e ainda permitir o escoamento dos produtos ali produzidos. Dado que antes da ruptura por dificuldades financeiras, a fábrica de exportava os seus produtos pelo território nacional”.

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