Está envolto de polémica, o caso do suicídio da adolescente cabo-verdiana,
Katisa Sanches na cidade de Roma, Itália. O corpo da adolescente de 13 anos
chegou a sua terra natal para a realização do seu funeral, que acabou por ser
cancelado. Na ilha da Boa Vista, os familiares queriam ver aberto a urna, por
se tratar de uma morte suspeita.
Os familiares de Katisa Sanches conseguiram a transladação do corpo para a ilha de Boa Vista. Mas, uma notificação de um hospital italiano que realizou os procedimentos para a transladação impedia tal acto. Revoltados
com a situação, os familiares realizaram um protesto, que levou ao cancelamento
do funeral. O suicídio da adolescente, que era órfã e foi adoptada por
uma família italiana ainda continua por esclarecer.
E, dado ser uma “morte com suspeitas”, a família pretendia que a urna fosse
aberta na presença de um familiar. O corpo da malograda chegou a ilha na tarde deste sábado, 27,
acompanhado de dois cidadãos italianos, que trouxeram uma notificação de um hospital
em Itália, que não autorizava a abertura da urna.
Ao verem o caixão lacrado e a notificação, os familiares questionaram a forma
como a urna foi concebida, na medida que não tinham a possibilidade de ver,
pelo menos, o rosto de Katisa.
De acordo com os familiares “a urna chegou selada e fomos informados que
não podia ser aberta para fazermos uma última despedida. Porém não entendemos
porque é que a urna não tinha uma pequena fresta que mostrasse o rosto da Katisa,
já que ela faleceu longe da família e em situações ainda por explicar. ”
Revolta
Uma vez que não permitiram que um elemento da família pudesse confirmar o corpo, familiares e amigos da adolescente impediram a condução do corpo da vítima
para o cemitério local, dado que o funeral estava marcado para às 17 horas. A
revolta das pessoas provocou um tumulto que levou a chamada da Polícia
Nacional.
Presente no protesto, um colaborador do jornal Ocean Press assegurou que a
família defendeu que o funeral só será realizado se as autoridades permitirem
que um familiar da vítima confirmar que se trata do corpo de Katisa Sanches.
Esclarecimentos
De realçar que perante a situação, a comandante da PN na ilha de Boa Vista
destacou agentes policiais para garantirem a segurança e evitar sobressaltos. A
família de Katisa não pretende voltar atrás na sua decisão de impedir a
realização do funeral que só deverá acontecer após a confirmação do corpo. E,
ainda querem ter um comprovativo de como ocorreu o suicídio, e os motivos que
estiveram na base da morte da menor.
0 comentários:
Enviar um comentário