domingo, 28 de setembro de 2014

"Morte suspeita". Familiares de Katisa impedem funeral para confirmarem o corpo

Está envolto de polémica, o caso do suicídio da adolescente cabo-verdiana, Katisa Sanches na cidade de Roma, Itália. O corpo da adolescente de 13 anos chegou a sua terra natal para a realização do seu funeral, que acabou por ser cancelado. Na ilha da Boa Vista, os familiares queriam ver aberto a urna, por se tratar de uma morte suspeita.

Os familiares de Katisa Sanches conseguiram a transladação do corpo para a ilha de Boa Vista. Mas, uma notificação de um hospital italiano que realizou os procedimentos para a transladação impedia tal acto. Revoltados com a situação, os familiares realizaram um protesto, que levou ao cancelamento do funeral. O suicídio da adolescente, que era órfã e foi adoptada por uma família italiana ainda continua por esclarecer.

E, dado ser uma “morte com suspeitas”, a família pretendia que a urna fosse aberta na presença de um familiar. O corpo da malograda chegou a ilha na tarde deste sábado, 27, acompanhado de dois cidadãos italianos, que trouxeram uma notificação de um hospital em Itália, que não autorizava a abertura da urna.

Ao verem o caixão lacrado e a notificação, os familiares questionaram a forma como a urna foi concebida, na medida que não tinham a possibilidade de ver, pelo menos, o rosto de Katisa.

De acordo com os familiares “a urna chegou selada e fomos informados que não podia ser aberta para fazermos uma última despedida. Porém não entendemos porque é que a urna não tinha uma pequena fresta que mostrasse o rosto da Katisa, já que ela faleceu longe da família e em situações ainda por explicar. ”  

Revolta

Uma vez que não permitiram que um elemento da família pudesse confirmar o corpo, familiares e amigos da adolescente impediram a condução do corpo da vítima para o cemitério local, dado que o funeral estava marcado para às 17 horas. A revolta das pessoas provocou um tumulto que levou a chamada da Polícia Nacional.

Presente no protesto, um colaborador do jornal Ocean Press assegurou que a família defendeu que o funeral só será realizado se as autoridades permitirem que um familiar da vítima confirmar que se trata do corpo de Katisa Sanches.

Esclarecimentos


De realçar que perante a situação, a comandante da PN na ilha de Boa Vista destacou agentes policiais para garantirem a segurança e evitar sobressaltos. A família de Katisa não pretende voltar atrás na sua decisão de impedir a realização do funeral que só deverá acontecer após a confirmação do corpo. E, ainda querem ter um comprovativo de como ocorreu o suicídio, e os motivos que estiveram na base da morte da menor.

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