O cenário é de
catástrofe dada a erupção vulcânica que há duas semanas assola a zona de Chã
das Caldeiras, na ilha do Fogo. A população teve de abandonar o local porque
ficou exposta ao perigo das lavas que engolem tudo o que encontram pela frente,
e o risco de doença devido aos gases emitidos durante a erupção. O ambiente é
desolador com várias habitações, currais, propriedades agrícolas destruídas. O alerta
é vermelho, e assim está expressamente proibida a entrada em Chã.
Por esta altura dada
a situação dos cidadãos que viviam em Chã das Caldeiras, há várias pessoas e
instituições que encaminham recursos financeiros e géneros alimentícios para a
ilha do Fogo. Nesta parte a onda solidariedade a volta de “Djunta mon” para as
pessoas de Chã das Caldeiras reflecte a união e o espírito de ajuda para quem
sofre as consequências deste flagelo.
Mas, por outro lado
no terreno, Chã das Caldeiras o rasto de destruição aumenta com o passar das
horas. É que mais de 70 residências, 60 currais e cisternas, a Sede do Parque
Natural, a Escola, Hotel Pedra Brabu, entre outras instituições já foram
devastadas pelas “línguas de fogo” que jorram por Chã, e que já provocou danos
avultados na zona de Portela, principal localidade de Chã das Caldeiras.
As lavas correm a um ritmo
de 30m por hora sem dar trégua, pelo que no sábado destruiu mais de vinte casas
e o polivalente de Portela e começou a invadir a estrada alternativa que as
autoridades mandaram construir. A Protecção Civil devido ao aumento dos riscos
deu ordens para a retirada de todas as pessoas que ainda se encontravam em Chã,
bem como as equipas técnicas que estavam no local.
Na verdade o vulcão
continua a demonstrar a sua fúria e por esta altura o perigo é eminente depois
de entrar pela zona de Bangaeira onde já destruiu casas, as igrejas Adventista
e Católica, de forma parcial Adega de Vinho entre outros espaços, e animais
foram engolidos pelas lavas. Neste momento, como refere a Ministra da Administração
Interna, Marisa Morais o cenário é por isso interditou-se a entrada de quem
nada está a fazer trabalho, e que essa medida de segurança visa proteger a vida
das pessoas.
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