O
Tribunal da Comarca de São Vicente colocou em prisão preventiva o cidadão
suspeito de violar e esquartejar uma mulher de 92 anos, na zona de Alto São
Nicolau, Ilha de São Vicente. Trata-se de um jovem de 26 anos, Edmar Rocha, residente
nessa mesma localidade, e que já esteve em prisão preventiva por violar uma
cidadã de 79 anos. O indivíduo regressa a Cadeia Central, desta feita sob indícios
da prática de um homicídio com contornos de “crueldade e típico de execução por
parte de um psicopata”.
Na
tarde desta segunda-feira, 29 Dezembro, o 2º Juízo Crime procedeu ao
interrogatório do arguido, Edmar Rocha, detido pela Polícia Judiciária por
suspeitas de ser o autor do assassinato da cidadã Cecília Brito,
conhecida por “Mana Cecília”, de 92 anos na sua residência em Alto São Nicolau.
O
crime deixou em estado de choque os familiares, e as pessoas que conviveram de
perto com essa cidadã “muito querida por todos, dada a sua maneira de viver e
de lidar com os outros”. “Mana Cecília” foi violada e esquartejada no dia 27
Dezembro, e o seu corpo escondido numa mala no seu quarto.
No
domingo, na sequência de diligências, a PJ deteve o jovem de 26 anos, residente
em Alto São Nicolau, tido com o autor do crime, e que tinha um histórico de
tentativas e ataques a mulheres com mais de 70 anos que vivia na sua área de residência,
inclusive a vítima.
Prisão
preventiva
Edmar
Rocha foi interrogado pelo juiz sobre os factos que lhe indiciam da prática de
um crime de homicídio agravado, em concurso com um crime de agressão sexual. Com
base nos factos recolhidos em sede de interrogatório, e pelos dados presentes
no processo de investigação do assassinato da cidadã, Cecília Brito, o Tribunal
declarou que foram preenchidos os argumentos para lhe aplicar a prisão preventiva
e lhe enviar para a Cadeia Central de São Vicente.
Perante
os “fortes indícios do arguido ser o autor do crime ocorrido em Alto São
Nicolau”, o juiz decidiu aplicar
as normas do artigo 290 º do Código Processo Penal e enviou o arguido para a Cadeia de
São Vicente. O magistrado assegurou que por razões de prevenção geral, a prisão
preventiva seria a medida adequada para se evitar o perigo de continuação de
acção criminosa.
Antecedentes
criminais
Recorde-se
que em Janeiro 2014, o arguido saiu em liberdade, depois de ter violado uma
mulher de 79 anos em Março 2013, na zona de Alto São Nicolau. Com base nos
relatórios médicos que revelaram que o indivíduo padecia de perturbações
mentais, este foi declarado inimputável porque não teve capacidade mental para
avaliar a sua conduta. E, ainda saiu em liberdade, porque segundo o Tribunal não
constituía perigo para a sociedade. Mas, o certo é que já tinha atacado outras
mulheres na zona de Alto São Nicolau, e agora os indícios apontam-lhe como
autor de um “crime hediondo”
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