Revoltados com as
novas taxas de exames em atraso, os estudantes do Instituto Superior de Ciências
Económicas e Empresariais realizam uma manifestação nos pólos do Mindelo, na
ilha de São Vicente e na cidade da Praia, ilha de Santiago. Os estudantes
boicotaram as aulas e querem falar com a Administração porque não aceitam pagar
uma taxa de 5000 escudos por cada disciplina em atraso.
O Radar News Online
apurou que nesta terça-feira vão regressar as instalações do ISCEE para darem
seguimento ao protesto, que se iniciou nesta segunda-feira, 8 Dezembro. Munidos de cartazes, os estudantes não assistiram
as aulas e à frente dos locais onde funcionam o ISCEE gritaram palavras de ordem e
asseguram que não vão baixar os braços enquanto a sua situação não for
resolvida.
Em causa está o facto
de o ISCEE ter implementado um novo regulamento onde os alunos estão obrigados a
pagar uma taxa de 5000 escudos por cada disciplina em atraso. Os estudantes
defendem que esse regulamento foi imposto sem aviso prévio, e dessa forma esse acto administrativo
provocou a revolta da classe estudantil que se mostra “desprevenida” para
assumir mais custos, além da propina 12000 escudos pagada em 12 meses, ou de
14000 por dez meses.
Reivindicação
A nova taxa foi
imposta no início do ano lectivo e os alunos procuraram um acordo com a
direcção, e até fizeram um abaixo-assinado. Mas, asseguram que o ISCEE não apresentou
nenhuma solução.
Os estudantes dizem que
a aplicação dessa taxa não tem lógica, e a verdade é que “são várias as pessoas
que não têm condições financeiras para suportar os custos dessa taxa imposta
pela Administração do ISCEE, pois se trata de um custo adicional, com que quem
estuda nesta instituição não contava nas suas despesas académicas”.
Gestão
Por seu lado, a
Administração do ISCEE esclarece que a taxa equivale a uma propina que o
estudante deverá pagar cada disciplina que deixar em atraso. E, para esse
regime a duas opções: que passar pela avaliação contínua no decorrer das aulas,
ou ir directamente para o exame. Pelo que a Administração adianta que se trata
de uma cobrança de um valor regulamentado e acertado por disciplina em atraso.
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