segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Gases emitidos durante erupção vulcânica fazem vítimas na ilha do Fogo

Na sequência da erupção vulcânica que assola a ilha do Fogo, os gases e fumos emitidos pelo vulcão estão a deixar vítimas. As autoridades médicas revelam que há agentes da Polícia Nacional, das Forças, da Protecção Civil, moradores e da comunicação social com mal-estar devido à inalação de gases. E, há pessoas que tiveram de ser atendidas nos serviços de saúde com problemas respiratórios.  
  

A situação registada nesta segunda-feira revela um abrandamento da actividade vulcânica. Segundo a Protecção Civil as lavas que dirigiam com grande intensidade para a zona de Portela diminuíram a sua projecção, bem como houve uma moderação da actividade sísmica. Uma boa notícia é que a via alternativa que permite a entrada e saída de veículos em Chã das Caldeiras não foi afectada pelas lavas.

As autoridades emitiram uma ordem de retirada de todas as pessoas e viaturas de Chã das Caldeiras, na medida que intensidade das lavas que jorraram no domingo deram a entender que a via alternativa poderia ficar obstruída, bem com Chã poderia ser devastada. O cenário mudou nesta segunda-feira, mas há tolerância zero para a entrada de pessoas na área atingida pela erupção vulcânica.

Por outro lado, uma das preocupações se deve a emissão de gases, a uma média de 8.000 toneladas de dióxido de enxofre por dia. Nos últimos dias, tem sido possível detectar o cheiro a enxofre nas zonas de Patim, Monte Grande e na Cidade de São Filipe. Já nas zonas mais próximas da Chã das Caldeiras, regista-se uma queda de areia fina.

Entretanto, segundo directivas da equipa médica responsável pela coordenação dos serviços de saúde no âmbito do plano de contingência, os mesmos teriam que abandonar o local, devido à crescente emissão de gases e fumo, que já produzem efeitos nas pessoas.

Segundo Ledo Pontes, delegado de Saúde dos Mosteiros, há registos de agentes policiais, das Forças Armadas e da Protecção Civil com mal-estar derivado da inalação de gases. Daí a ordem ser, neste momento, de retirada “obrigatória” de Portela e das zonas próximas à Chã das Caldeiras.


   

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