terça-feira, 7 de outubro de 2014

Craquinha: Ex agente da PN matou a vítima com quatro tiros à queima-roupa

O ex agente da Polícia Nacional, Ilaugino Fortes, de 46 anos começou a ser julgado pelo assassinato de Celso “Chaka”, companheiro da sua enteada. Fortes é acusado da prática de um crime de homicídio agravado, com três agravantes: uso de arma de fogo, crime à traição e por motivo fútil. Ilaugino justificou a sua conduta pelo facto de a vítima ter-lhe agredido e ofendido a sua honra na sequência de um desentendimento.

O caso da morte de “Chaka” ocorreu no dia 26 Julho 2013, por volta das 20h15m na residência do arguido, Ilaugino Fortes. A vítima de 30 anos residia no primeiro andar dessa casa com a enteada do ex agente da PN. Em causa esteve o facto de Celso ter acusado o filho do arguido de ter- lhe roubado 700 escudos.

Ilaugino Fortes, que estava a consumir bebidas alcoólicas numa loja nas proximidades da sua residência, ao ouvir um barulho vindo do interior da casa deslocou-se a esse local. “Ao chegar ouvi Celso a acusar o meu filho de 13 anos de ter-lhe roubado dinheiro. O menino estava a chorar e disse ao indivíduo que não poderia fazer tal afirmação sem provas, uma vez que nessa casa residia outras pessoas” afirmou o acusado.

O arguido assegurou que a sua honra foi ofendida a partir do momento que vítima lhe chamou nomes obscenos e que não era exemplo de Polícia. “Ainda falou que se possuo uma arma de fogo, ele e o irmão que era meu colega de profissão possuía pistola também. No interior da minha casa pegou-me no pescoço e bateu-me contra uma parede. Depois engalfinhamos e fomos separados por um vizinho”.

Tratou-se da testemunha Elísio que adiantou que ao pôr fim a briga, os envolvidos deram a entender que a situação estava resolvida, inclusive chegaram a dar um abraço. Porém, tratou-se de uma ilusão ao testemunha, Elísio que abandonou a casa.

Celso e Ilaugino voltaram-se a desentender e o ex agente da PN foi ao seu quarto, sacou da sua arma de serviço e atirou contra “Chaka”. A vítima, que se encontrava junto à porta de entrada da casa de Ilaugino foi atingida com três tiros no abdómen e um no braço.

Celso caiu junto a uma escada que dá acesso ao primeiro andar dessa residência e o arguido saiu a rua com a sua pistola, revelando que tinha disparado contra o companheiro da enteada. A vítima não resistiu aos traumatismos causados pelos disparos e faleceu na sequência de um choque hipovolêmico. Ilaugino Fortes, que contava com 18 anos ao serviço da PN foi detido em prisão preventiva.


Em Tribunal, Ilaugino Fortes justificou que a sua conduta surgiu em razão das ofensas físicas e a honra que sofreu da parte da vítima, com quem não tinha qualquer desavença, antes da ocorrência dos factos. Fortes disse ter pegado a arma para se defender. Mas, que se arrepende da sua conduta, pois matou uma pessoa.   

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