Depois de passarem 14 meses a viver em situação de penúria por não
receberem os salários, os trabalhadores da fábrica de queijo no Porto Novo
viram o Governo, proprietário dessa unidade fabril liquidar os vencimentos em
atraso referente a 12 meses de trabalho. Apesar de essa luz acender no fundo do
túnel, os operários da fábrica de queijo, encerrada desde Agosto 2012 mantém a
acção judicial interposta contra o Governo, no sentido de receberem uma
indemnização pelos anos de serviço, caso não forem integrados no novo formato
que se prevê para a fábrica.
Durante 14 meses, os trabalhadores da fábrica de queijo comeram o pão que o
diabo amassou, e vieram a público pedir ao Governo que resolvesse a sua
situação, pagando os salários em dívida. Sem uma resposta e sem verem a cor do
seu dinheiro deram entrada com uma acção judicial a pedir a intervenção do
Tribunal, cuja finalidade seria permitir que as trabalhadores recebessem os salários em atrasos e as devidas indemnizações,
segundo as normas vigentes no Código Laboral vigente em Cabo Verde, caso não foram integrados no processo de reestruturação da unidade fabril .
A Ministra do Desenvolvimento Rural, a Engrª Eva Ortet, no mês de Setembro
no decorrer de uma visita ao concelho do Porto Novo inteirou-se da situação
vivida pelos trabalhadores e reiterou que ia insistir junto do Ministério das
Finanças para desbloquear o mais rapidamente esse problema. Volvido um mês, os
funcionários da fábrica de queijo receberam salários referentes a 12 meses que estavam
em atraso, ficando por pagar mais dois meses.
Contactado pelo Radar News Online, Carlos Bartolomeu, Secretário-Permanente
do (SLTSA) Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão confirmou a
liquidação em parte da dívida referente aos salários, mas sublinhou que em
momento algum, o (SLTSA) foi contactado no processo de liquidação dos salários
atrasados.
O Secretário Permanente do (SLTSA) revela que em concertação com os
trabalhadores ficou acordado que mantêm a acção judicial para resolver a situação
dos funcionários, respeitante ao futuro deles, com relação ao novo formato da
empresa, que segundo informações irá ser privatizado. E, ressalva que estão
abertos ao diálogo pelo que aguardam a abertura por parte do Ministério das
Finanças e Ministério Desenvolvimento Rural no sentido de saber qual o futuro
da fábrica e qual a decisão do Estado, dono da unidade fabril em relação aos
trabalhadores.
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