sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Pagamento de salários em atraso: Trabalhadores aguardam uma decisão sobre o futuro da fábrica de queijo

Depois de passarem 14 meses a viver em situação de penúria por não receberem os salários, os trabalhadores da fábrica de queijo no Porto Novo viram o Governo, proprietário dessa unidade fabril liquidar os vencimentos em atraso referente a 12 meses de trabalho. Apesar de essa luz acender no fundo do túnel, os operários da fábrica de queijo, encerrada desde Agosto 2012 mantém a acção judicial interposta contra o Governo, no sentido de receberem uma indemnização pelos anos de serviço, caso não forem integrados no novo formato que se prevê para a fábrica.

Durante 14 meses, os trabalhadores da fábrica de queijo comeram o pão que o diabo amassou, e vieram a público pedir ao Governo que resolvesse a sua situação, pagando os salários em dívida. Sem uma resposta e sem verem a cor do seu dinheiro deram entrada com uma acção judicial a pedir a intervenção do Tribunal, cuja finalidade seria permitir que as trabalhadores recebessem os salários em atrasos e as devidas indemnizações, segundo as normas vigentes no Código Laboral vigente em Cabo Verde, caso não foram integrados no processo de reestruturação da unidade fabril .

A Ministra do Desenvolvimento Rural, a Engrª Eva Ortet, no mês de Setembro no decorrer de uma visita ao concelho do Porto Novo inteirou-se da situação vivida pelos trabalhadores e reiterou que ia insistir junto do Ministério das Finanças para desbloquear o mais rapidamente esse problema. Volvido um mês, os funcionários da fábrica de queijo receberam salários referentes a 12 meses que estavam em atraso, ficando por pagar mais dois meses.

Contactado pelo Radar News Online, Carlos Bartolomeu, Secretário-Permanente do (SLTSA) Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão confirmou a liquidação em parte da dívida referente aos salários, mas sublinhou que em momento algum, o (SLTSA) foi contactado no processo de liquidação dos salários atrasados.

O Secretário Permanente do (SLTSA) revela que em concertação com os trabalhadores ficou acordado que mantêm a acção judicial para resolver a situação dos funcionários, respeitante ao futuro deles, com relação ao novo formato da empresa, que segundo informações irá ser privatizado. E, ressalva que estão abertos ao diálogo pelo que aguardam a abertura por parte do Ministério das Finanças e Ministério Desenvolvimento Rural no sentido de saber qual o futuro da fábrica e qual a decisão do Estado, dono da unidade fabril em relação aos trabalhadores.




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