Os familiares de Nádia Aleixo, cidadã assassinada pelo ex companheiro na
zona de Espia em Dezembro 2012 estão revoltados com a redução da pena de prisão.
Sem direito a indemnização, a família de “Nady” viu o Tribunal da Comarca de
São Vicente condenar Adilson “Vubra” da Luz, a pena máxima, 25 anos de prisão.
Porém, volvidos dois anos, O Supremo Tribunal Justiça deu aval positivo ao
recurso apresentado por “Vubra”, e, agora o cidadão cumprir uma pena de 15 anos
de prisão.
A família da malograda diz não entender os motivos que determinaram a
redução da pena. “Estamos em estado de choque com a redução da pena para 15
anos de prisão. E, ainda porque não foi dado qualquer indemnização, já que
deixou uma criança. A morte de Nady nos causou dor e revolta, porque foi assassinada
de forma trágica e sem direito a um funeral digno, dadas as condições em que
foi encontrado o seu corpo”.
Os familiares de Nádia Aleixo pedem justiça ao caso, após saberem que o
autor da sua morte já não vai cumprir a pena máxima, 25 anos de prisão, instituída
pelo Tribunal de São Vicente e que Adilson não foi condenado a pagar uma
indemnização. Por ora, a família de “Nady” vive um drama porque não consegue
aceitar a forma como a vítima encontrou a morte, quando o seu propósito era
comprar um presente para participar da ceia de Natal com a sua família na zona de Espia.
Assassinato
O caso ocorreu no dia 24 Dezembro 2012, quando por volta das 17 horas o
casal saiu da casa de Nádia Aleixo na zona de Espia para comprar prendas na
cidade, e participar da habitual troca de prendas com familiares. Nady, de
27 anos não voltou para participar na ceia e festa do Natal. Volvidos dois
dias, o seu corpo foi encontrado em casa de Adilson, na localidade de Ribeira
de Cadela, com lesões a indicar tratar-se de um homicídio.
Em Tribunal, o juiz ao proceder a leitura da sentença deu como provado que
“nesse dia, 24 Dezembro, ele levou a Nádia para o seu quarto e que na sequência
de uma discussão, onde está disse que ia terminar o namoro, o arguido
saltou para cima dela e depois agrediu-a com uma garrafa revestida de sisal. A
vítima não teve direito a auxílio e acabou por falecer no quarto do
namorado".
Redução
Adilson da Luz opôs-se a decisão final e interpôs um recurso no Supremo
Tribunal da Justiça, a pedir que a instância levasse em conta as atenuações da
pena: “atender as circunstâncias do crime, as atenuantes que ao longo do
processo se desenvolveram, a perícia feita durante a visita a casa onde ocorreu
o caso, e a sua confissão e inexistência de uma autópsia para comprovar o
estrangulamento”.
A defesa de “Vubra” pediu a convolação do caso para um crime de homicídio
simples. O Supremo Tribunal da Justiça deu aval positivo ao recurso interposto
pela defesa de Adilson e reduziu a pena de 25 anos para 15 anos de prisão.
0 comentários:
Enviar um comentário